A UNITA contesta, com números, os resultados provisórios das eleições em Angola. “O MPLA não ganhou”, declarou esta sexta-feira Adalberto da Costa Júnior, defendendo a criação de uma comissão independente internacional.
“As discrepâncias dos mandatos atribuídos à UNITA são brutais”, afirmou o dirigente da UNITA. Adalberto Costa Júnior faz esta acusação com base no sistema de escrutínio paralelo, criado pela UNITA, que tem por base nas actas síntese.
O líder do partido do Galo Negro defende a criação de uma comissão independente internacional para trabalhar com a Comissão Nacional de Eleições angolana no apuramento dos votos.
Enquanto isso, Adalberto da Costa Júnior fez um veemente apelo à calma.
“O MPLA não ganhou as eleições, pelo que a UNITA não reconhece os resultados provisórios da CNE”, reforçou.
Na sua intervenção, referindo-se a uma “trapalhada da CNE” na contagem dos votos, Adalberto da Costa Júnior indicou três círculos onde a UNITA, segundo as contas do partido, teve pelo menos mais três mandatos.
Segundo dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), quando estavam escrutinados 97,03% dos votos das eleições realizadas na passada quarta-feira, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) obteve 3.162.801 votos, menos um milhão de boletins escrutinados do que em 2017, quando obteve 4.115.302 votos.
Já a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) registou uma grande subida, elegendo deputados em 17 das 18 províncias e obtendo uma vitória histórica em Luanda, a maior província do país, conseguindo até ao momento 2.727.885 votos, enquanto em 2017 obteve 1.800.860 boletins favoráveis.
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